Muito
Prazer, Lu Fernandes!
Você que me
lê agora, já experimentou um carinho muito simples, chamado massagem no ego?
Recomendo! É
o melhor que existe!
Não é fácil
fazer uma auto avaliação.
Segundo Freud - “Não somos apenas o que
pensamos ser.
Somos mais: somos também o que lembramos e aquilo
de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que
cometemos, os impulsos a que cedemos 'sem querer'.”
Falar de nós
mesmos, nos faz pensar em nós mesmos...
Tendo vivido
tantas coisas, ou sobrevivido, que acredito ser a palavra mais pertinente,
sinto-me hoje com uma grande necessidade de me redefinir.
Algumas
coisas são imutáveis, mesmo que se transformem, a essência permanece.
A mulher que
sou hoje, ainda tem muito da menina que fui um dia.
Deixei para
trás inseguranças, medos e incertezas.
Encontrei em
mim uma vontade tão grande de viver, de usufruir dos pequenos prazeres, que de
verdade, enquanto vivi escondida, presa em meu próprio mundo, não imaginei que
pudesse existir.
Descobrir a
vida, apreciar o efêmero, me embebedar pelo belo e enfim retornar à sobriedade
foram dádivas recebidas, pelas quais agradeço todos os dias.
Quando me
decidi pela cirurgia bariátrica, sabia que minha vida iria mudar.
Que estas
mudanças seriam impactantes, mas resolvi pagar o preço.
Como puderam
acompanhar desde o volume anterior, houve realmente um preço alto, pelo qual
paguei com alegria.
De certa
forma, fui amadurecida pelos percalços, moldada pelas dificuldades e como já
mencionei em “Vida de Borboleta”, se precisasse passar por tudo novamente, não mudaria
nada.
Hoje,
reconheço que minha postura em relação a muitas coisas, mudou.
Como costumo
dizer, sou a mesma, mas em uma versão melhorada.
Continuo
sendo a menina neurótica, que não sai de casa sem tomar água e sem ir ao
banheiro.
Ao mesmo
tempo, uma mulher que com a vida já aprendeu muitas coisas, mas que ainda tem
muitas mais a aprender.
Encontrei em
mim, qualidades que considero admiráveis, e descobri defeitos que nem imaginava
ter.
Hoje
valorizo o simples, aprecio a beleza das flores, embriago-me com os perfumes
que a vida me oferece, e isso é bom!
Da menina
que eu era não sinto saudades, pois para mim, saudade nada mais é do que o
corpo dizendo para onde ele quer voltar e a menina viveu em um tempo, para o
qual a mulher que sou hoje, não gostaria jamais de voltar.
A mulher que
sou hoje é firme, decidida, madura.
Traça metas
reais e não descansa até conseguir alcançá-las.
Ela erra,
mas não sente vergonha de se corrigir, nem mesmo de se desculpar sempre que
necessário.
Ela sofre,
mas levanta a cabeça e segue em frente, pois acredita que a vida é curta demais,
e que já desperdiçou tempo demais.
Ela chora,
mas já se convenceu de que é mais bonita sorrindo e considera um absurdo borrar
um bom rímel!
Brincadeiras
à parte, a mulher que sou hoje, está em perfeita sintonia com sua voz interior,
ou seu “alter ego”, lembram-se dele?
Acredita que
mesmo em meio aos problemas, “a felicidade mora logo ali” e é atrás dela que
vai todos os dias.
Enfim, hoje
tenho uma nova vida, sem abrir mão dos meus princípios ou dos meus valores, que
são o que compõem minha essência, a pessoa que realmente sou.
A borboleta
continua batendo suas asas imaginárias, alçando voos cada vez mais altos, cada
vez mais distantes, porém, sem jamais tirar os pés do chão.
Depois de
tudo isso, sinto-me muito feliz em dizer:
- Muito
prazer...
Agora sim, sou
a Lu Fernandes!